De acordo com o historiador grego Strabo, a cidade foi inicialmente habitada por um grupo de gregos da cidade de Megara, liderado por um homem chamado Bizas. Assim, a cidade recebeu o nome de seu rei e foi chamada de Bizâncio.
Bizas era um herói mítico, filho do Rei de Megara, Nissos ou, de acordo com algumas lendas míticas nascido de Zeus e Poseidon. Devido ao facto que a cidade foi destruida por varias vezes no passado, e assim não existir nenhuma conclusão segura da sua data de estabelecimento, pensa se que terá sido por volta de 660 A.C..
A lenda diz que o Oraculo de Delfos tinha dito a Bizas para estabelecer a sua cidade " oposto a terra dos Cegos ". Ele estava viajando com seu povo em busca de terra e uma vez que, tendo chegado a beira do Bosforo , impressionados com a beleza da península do outro lado do rio, pensou que era preciso ser se cego por não ver as virtudes dessa área, tal como tinha aconselhado o oraculo, e assim, estabeleceram se. A nova cidade cresceu rapidamente para um importante porto de comércio internacional. Os persas tomaram conhecimento da sua localização central e tentaram conquista las até ao segundo seculo de sua criação. As principais cidades gregas, Atenas e Esparta, também tiveram interesse em Bizâncio, uma vez que controlava o tráfego comercial no Mar Negro. O rei da Macedónia, Filipe II, tinha cercado a cidade por três anos, sem conseguir tomar o controle desta.
Períodos: Romano - Bizantino
O povo de Bizâncio não desistiu, mesmo quando Alexandre, o Grande atacou e manteve se livre até 196 D.C., quando o imperador romano Sétimo Severos conquistou-a. Quando o imperador romano Constantino, o Grande fez da cidade a nova capital oriental do Império Romano, ele lhe concedeu o nome de Constantinopla ("Cidade de Constantino"), a nova capital atraiu um grande número de pessoas, como empresários e artistas. As atividades culturais tinham lugar frequentemente e artistas qualificados decoraram a cidade com imponentes obras de arte, como pinturas, esculturas e obras arquitetônicas, novas estradas e casas, bem como novos muros que permitiram a cidade se expandir ainda mais.
O Império Romano foi dividido em duas partes (Oriental e Ocidental) até ao final do IV século. O Império do Ocidente se desmoronou, enquanto o Oriental (também conhecido como Bizantino pelos historiadores) sobreviveu por mais anos. Uma segunda fortaleza foi adicionada à cidade, no século V, por Teodósio, ampliando assim seu território ainda mais. A fortificação composta por duas linhas de muralhas, fez resistência contra assediantes muito fortes. Constantinopla atingiu sua Idade de Ouro, em meados do século VI (527-565 D.C.), quando Justiniano governou o Império.
O declínio
Durante o período de Justiniano houve uma serie de problemas com a igreja e inumeros ataques de persas e árabes. A Quarta Cruzada, que aconteceu em 1204, pelos latinos, resultou, após 58 dias de cerco, a uma destruição séria, que tirou de Constantinopla tudo do seu passado glorioso, por ter sido saqueada durante anos. Templos, monumentos e outros edifícios da cidade foram bombardeados e saqueados em tal grau que esta foi a pior destruição jamais ocorrida em Constantinopla. Os moradores gregos começaram a sair do centro da cidade e a população foi reduzida. Quando Miguel Paleologos recuperou o controle da cidade, ele tentou um programa de restauração e medidas de defesa para o retorno da população. Mas apesar disso, a cidade manteve se em declínio e isolada dos países europeus, ao ter perdido o seu papel fundamental no comércio no Mar Negro.
Os Otomanos
Em 29 de maio de 1453, o Sultão Mahmet II conseguiu conquistar a cidade, depois dum cerco de 57 dias. O Sultão foi rebatizado como Mehmet, o Conquistador, e a cidade se tornou a capital do Império Otomano, e recebeu o nome de Istambul. As guerras que se seguiram à queda de Constantinopla levaram à expansão do Império Otomano, tanto para os Bálcãs e o Médio Oriente. No início do século XVI, os Turcos conquistaram também o Egito e a Síria, tomando assim o controle das santas cidades: Meca e Medina. Em meados do mesmo século, o Sultão era a figura central dos Musulmanos. No entanto, é importante mencionar que o Cristianismo, assim como outras religiões, eram toleradas no Império Otomano também. Longe disso, havia sido estabelecida métodos de administração eficientes, os militares tinham muito poder e os vizires e sultões viviam em grande luxo, como podemos ver pelos palácios enormes e pelos móveis confortáveis, bem como pelos tapetes grossos usados em seus apartamentos.
De um lado, o sultão Mehmet II conseguiu assumir o controle de Istambul e repovoar a cidade, enquanto garantia a liberdade religiosa em seu império. De seguida, o sultão Solimão, o Magnífico (1522-1566) foi caracterizado como um dos sultões mais iluminados. Além de ser um poeta, ele se tornou o líder das artes florescentes. É importante dizer que seu governo trouxe grande prosperidade ao Império Otomano. Em 1526, ele levou 20.000 Janissaries contra o exército do rei da Hungria, Louis II de 14 anos de idade, e conseguiu derrotá-lo. No entanto, os cercos sem êxito de Viena (1528 e 1532) trouxeram a expansão do Império Otomano ao seu termo.
A eficiência das forças armadas Otomanas era sua organização. Cada família cristã tinha que oferecer um menino ao serviço do sultão. Estes eram convertidos ao Islão e treinados como funcionários públicos ( soldados), conhecidos como os Janissaries. Eles tinham que obedecer a regras rigidas de disciplina, mas também poderiam tornar-se personalidades privilegiadas com uma grande posição. No entanto, eles recorreram a um poder político corrompido que ameaçava até mesmo o sultão, no século XVIII, usaram de violência quando os seus interesses estavam em perigo.
Após a morte de Suleyman o Magnífico, os Sultões que vieram ao poder, estavam mais concentrados em aproveitar a riqueza do império, em vez de regir o vasto território do Imperio. Isso deu espaço para conspirações e intrigas em que os Janissaries estavam incluídos.
Em 1699, o Império Otomano assinou o Tratado de Karlowitz , pelo qual perdeu metade do seu território Europeu. Depois, o Russos agarraram a oportunidade de se envolverem nas atividades do Mar Negro. Ao mesmo tempo, as famílias ricas acumularam ainda mais riquezas e gozavam de grandes luxos como o sultão Ahmed III fez durante o seu reinado (1703 - 1730), enquanto as fronteiras do Império estavam em perigo. As famílias mais ricas de Istambul construíram palácios de luxo ao longo das masrgens do Bósforo, imitando assim os padrões europeus.
Os anos 1739-1768 foram pacíficos e impulsionaram o desenvolvimento artístico do Império Otomano. A mesquita Nurosmaniye foi concluída em 1755. Os períodos de guerra que se seguiram, principalmente com a Rússia levaram ao declínio do Império, após a Guerra dos Bálcãs (1912-1913), quando perdeu a maior parte do seu território europeu e sofreu uma grave perda econômica e humana. Istambul esteve sob dominação britânica, francesa e italiana até 1923. Quando o político turco Kemal Ataturk chegou ao poder, o Sultão Otomano passado, Mehmet VI, deixou Istambul. Kemal Ataturk transferiu a capital turca, para Ankara, enquanto Istambul permaneceu sob o governo turco, sendo uma das cidades mais importantes da Turquia.